terça-feira, 6 de julho de 2010

A minha flor

Estou aqui ouvindo o maravilhoso jazz de Frank Sinatra e pensando o quanto o tempo corre e leva tudo junto com ele. Não vale aqui ressaltar as perdas e ganhos que conquistei ao longo desse pouco trajeto percorrido, vale aqui ressaltar a forma com que essas perdas e ganhos se refletiram em minha alma e qual parte dela inundou-se por inteiro.
Eu me lembro... Eu me lembro... E continuarei me lembrando da frase proferida pela minha irmã e também melhor amiga quando dias ruins bateram à porta e pensei que jamais fossem deixar-me dormir apenas em minha própria companhia novamente.
Ela dizia e ainda diz: "Jamais alguém dará valor a um diamante, mesmo que em estado bruto, sem reconhecê-lo como tal... Ele será apenas confundido com caco de vidro". E hoje, na imensa e estranha felicidade que me encontro, sinto-me na obrigação de repassar essas sábias palavras proferidas por ela em dias mais que tristes, mais que desesperançosos, dias em que me maltratei mais do que qualquer pessoa.

E sinto-me na obrigação de aqui relatar o quanto é importante ter pessoas como ela ao seu lado, pessoas que não desacreditam em você, que lhe entendem com um olhar, que acalentam com esse mesmo olhar... Pessoas como ela me fazem lembrar o quanto é bom deixar-se conhecer, porque alguém que saiba apreciar isso terá esses momentos de um prazer puro, de uma imensidão de sentimentos bons devastando toda a dor até então sentida, seja qual for o motivo.
O post hoje vai para minha alma gêmea... A flor mais linda de todas, porque quando meu jardim estava vazio ela estava lá e mesmo hoje ele estando repleto de lindas rosas ela será sempre a mais especial, irá sempre ter um lugar só dela... Lugar esse que jamais alguém irá ocupar. O post hoje vai para minha irmã. Amo absurdamente você, always and forever.


domingo, 23 de maio de 2010

Mais.

Intocáveis palavras jamais apagadas do meu pensamento. Psicografe meus sentidos e tente adivinhar minhas incertezas.
Permita-me encantar-te.
E permitirei deixar a vida me mostrar suas utopias novamente. Olhei para a verdade e nela reconheci um monte de mentiras.
Agora eu posso ser.
Quis reconstruir o quadro quebrado, a obra de arte mais puramente lapidada em sua inocência.
Permaneceram as rachaduras.
Fui atrás de mim mesma e descobri que para encontrar-me precisaria retroceder meus passos, retornar ao início.
As migalhas de pão.
João e Maria perderam-se , mesmo tentando rastrear suas pegadas, por onde ficaram minhas migalhas não-lançadas?
As epopeias mais lindas já contadas não possuem finais felizes.
Os escritores mais brilhantes só saíram do anonimato após suas mortes. Quero mais lealdade, mais intensidade.
O mundo estaria preparado para sair da conformidade?
Sendo cedo ou tarde... Nunca há tempo comedido que apague as ações fixadas, ou palavras determinadas que rasguem as fotos formalizadas em pensamento.
Sejamos a nossa própria chance resgatada, sejamos o nosso próprio desejo materializado.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O futuro começa hoje

Desculpe mas se as coisas ao nosso redor não mudam isso é um sinal de que o que realmente precisa de mudança somos nós. Tenho pensamento forte e palavras fracas. Não quero mais ter que me acostumar. Ás vezes movemos o mundo dentro de nós e continuamos estacionados no mesmo lugar.

A amargura hoje em dia faz parte de mim e sei que essa frieza magoa muita gente que me ama de verdade e até a mim mesma, mas ela se limitará apenas a algumas pessoas e algum tempo. Sei que todas as minhas tentativas de mudança foram falhas e sei também que não fiz nenhum esforço e prol delas e por isso, apenas por isso, foram falhas. Mas tenho pensamento forte e o "impossível é apenas uma questão de opinião" e tempo.

Talvez tenha resistido a essa mudança pelo simples fato de que eu gostava da maneira com que olhava e lidava com as pessoas e situações oriundas delas. Mas a resistência cai por terra e chega a hora em que ou desistimos de alguém ou de si mesmo. Não tenho vergonha das quedas em que me autoproporcionei, tenho vergonha é de querer continuar caindo, e porque sei que não encontrarei ninguém para quem eu estendi a mão quando estava na mesma situação.

Há uma vida inteira lá fora querendo ser explorada e vivida, há pessoas maravilhosas querendo participar dessa vida e hoje, há alguém querendo abrir a porta para se deixar viver:EU.
Não gosto de olhar para o passado como algo que simplesmente passou. Gosto de olhar para ele de forma recompensadora, como algo que me trouxe coisas boas e ruins e que esta, fez com que eu me tornasse uma pessoa melhor, foi assim que aconteceu comigo até hoje e quero manter isso.

Não gosto de guardar sentimentos e lembranças ruins, apesar delas persistirem em ficar, não gosto de ter mágoa e nem sentir ódio, raiva de ninguém, principalmente por quem já fez parte da minha vida e faz da minha história.
Acredito que há um futuro maravilhoso a espera de cada um e que a gente nem mesmo faça ideia das surpresas que ele nos guarda. O futuro começa hoje e não posso deixar que ele apenas passe por mim. Não quero ter que me lamentar e nem quero deixar que certas coisas me tornem uma pessoa que não admiro; que essas mudanças se limitem a enquadrar-se no que sou e no que ainda espero que os outros sejam. A vida é assim... as pessoas se vão, as decepções ficam mas não podemos perder a esperança e expectativa no que ainda virá.
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Hoje escrevi algo diferente e de maneira diferente. Estou tentando alcançar outro patamar no que diz respeito a desenvolver o que tenho em mente. Pretendo, acima de tudo, ajudar outras pessoas e acho que para isso precisamos expor diversos assuntos, de diversas formas.
Porém digo que é impossível deixar apenas o "eu lírico"falar, há traços nossos em tudo o que expomos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nenhuma palavra

E eu caminhei nessa mesma estrada escura por diversas vezes perseguida por nós mesmos. Cacei o canto memorável onde esqueci minha lanterna aquela tarde... Aquela tarde... Com o vento balançando levemente seus cabelos, olhos apertados e realçados pela beleza que o rondava, a beleza exaltada, a beleza exata acalentada e escondida em um coração tão puro quanto a água que me lava. Um coração vazio.
Suas poucas palavras me tocavam como a leve sinfonia de uma canção, nota por nota, cada batida acompanhada e absorvida com a tensão de como se fosse nossa última despedida; o último tocar em suas mãos, o último abraço apertado... Voltei a ser a criança em seus braços. Nenhuma palavra... São simplesmente palavras que não adquirem significado algum se as ações não fizerem jus a elas.
"Apenas deixe sua lanterna aí, não necessitaremos dela, a noite cairá sobre nós...é tudo o que preciso".
E eu caminhei pela estrada banhada por nós mesmos em silêncio. O silêncio agudo de um gesto, o silêncio corrosivo do som do silêncio. Busquei a mesma cena, enquanto estava a procura da lanterna, tentei lembrar dos nossos sorrisos, do sol se pondo na direção oposta, da sua mão em minha face... Sua boca em meu ombro, procurei o nosso silêncio.
Senti medo... O medo de não conseguir mais sentir o mesmo daquela tarde, medo de esquecer suas expressões faciais que gosto tanto, sua voz... Medo de te esquecer, mesmo sendo necessário. Medo de encontrar o silêncio sozinha.
Como o veludo da manta de areia que cobre o chão onde, agora, afundo meus pés. Olhar para os outros e ver a si mesmo, há um pouco de nós em cada um deles. Sem volta, os erros são o que nos mantém seguindo e o sofrimento nos faz ver que ainda estamos vivos.
Como o tocar na solidão do vazio. Achei a lanterna e com os olhos tremidos, a liguei e segui.

sábado, 15 de agosto de 2009

Estou me retirando...



Foram longos anos curtos. Foram poucos meses longos. É a minha história que ficará registrada e confinada em seu pensamento, são minhas palavras que o tocarão quando eu partir. Porque não as utilizo em vão e se assim o fizesse, talvez fosse mais feliz.
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A esperança é renovada quando uma mudança esta por vir. "Você pode ser o que quiser, em qualquer lugar"- mas a navalha é fincada na ferida quando dou por mim e percebo que quero estar relamente aqui, minha felicidade não pode se materializar em qualquer outro lugar, minha felicidade não pode se mudar.
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A esperança é combatida quando não queremos que coisa alguma se modifique. Meu sorriso está espalhado pelas calçadas a ermo, quero esperá-lo em casa. Dói demais não conseguir arrancar essa dor do meu peito, cada pedacinho da minha alma ficará em algum espaço desse tempo.
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Porque o extremo é fácil, dose para mim... Isso é perverso. Sentindo meu ego na garganta eu durmo gritando por esperança, choro pedindo à esperança que me dê mais um tempo com ela. Tempo... Porque tenho nada, tenho tudo... Porque tudo o que tenho parece não querer estar realmente aqui.
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Estou me retirando sozinha de mim mesma. Cansei de ter que trilhar uma estrada longa a cada passo meu, porque enxergo uma distância muito extrema entre o que é dito e o que é sentido. Porque ser verdadeira não é o mesmo que ser transparente e o ser humano precisa aprender a lidar com isso.
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E relato sim, sem medo e vergonha, o quanto minha familia é importante para mim, o quanto eu estar bem é importante para minha minha família, e o quanto eles choram por me ver chorar. Digo aos lençóis da minha cama que parem de me abraçar, é úmido e gelado estar na companhia deles.
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Quero que essa insanidade deixe de ser permanente na cabeça doentia de quem não sente, na mente doentia de quem procura o que sempre permaneceu ao seu lado. O mundo está sendo destruído por nossos próprios corações, trancafiados e escondidos em razões sem razão alguma.
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Cansei de escrever e relatar coisas que talvez não façam sentido algum para ninguém, cansei de tentar mudar o que está além da minha capacidade para tal, cansei de tentar. E estou me retirando sozinha... De mim mesma. A vida talvez siga rumos inseguros para que no final, encontremos a segurança necessária.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Outono incolor


Deixar as folhas das árvores caírem ao chão e ouvir sua leve sinfonia, sentir a nostalgia de mais um dia de outono indo embora junto com as lembranças que o fizeram. Preto azul, preto amarelo- antes de clarear o dia é necessário escurecer as
ventanias que tocam sua pele. Precisa-se de ponto, ele é o começo.
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Branco...da página a ser escrita, da areia fina, do lenço que á meia noite de trinta e um de dezembro voou e pairou nas águas observadas por um coração triste, por um olhar alegre, águas tocadas pelo suor desesperado de uma mão fria tentanto esquecer a angústia inquietante das luzes sendo acendidas no céu. Branco dos olhos que procuram cor para dentro deles enquanto observam as parades da sala de espera. Na sala de espera, a criança que acabou de nascer, a mãe que acabara de falecer, um coração se quebrando, os membros que não podem responder a comando algum, o sangue jorrando; no branco das paredes da sala de espera...a espera.
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Preto...da capa que carrega uma rosa vermelha para dentro da terra, das unhas que arranham a porta trancada da sala, da cor dos cabelos que trouxeram segurança, e levaram as noites de sono. Preto da noite, a parte mágica do dia em que tudo é mais difícil de ser notado, mas que acende as estrelas com intuito de ser observada. Preto mágica, preto preto.
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Incolor...o invisível mais visível. A água que mata, a água que faz renascer, o vento que destroi, o vento que constroi as esperanças destruídas por ele mesmo. O ar...pois estou respirando um ar que não é meu. Estou respirando um ar que também não é seu, não mais. Poderia falar das cores que dão vida e das que remetem á morte, mas são as mesmas.Poderia aqui falar das cores do meu arco íris, meu arco íris que aparece nas noites e não nos dias e é quando mais tenho esperança, é quando mais me sinto segura...é quando os pensamentos me fogem e é quando essa esperança também me foge, mas continuo me sentindo segura.
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Deixar cair as últimas folhas do outono, o tempo esta voando...acelerando seus passos. Passarei por essas folhas e não abaixarei para tocá-las, andarei tentando desviar delas, mas não dobrarei meus joelhos diante do outono que passou. Azul preto, amarelo preto.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Minha descoberta de todos os dias

O texto a seguir não é inédito, o fiz a alguns meses...mas ele carrega um significado muito importante para mim, sendo assim, resolvi postá-lo.



Essa noite, durante a viagem de volta para o Rio, pensei...como nunca havia pensado antes, não que das outras vezes meus pensamentos não tenham me valido de alguma coisa, não que antes, eles não tivessem importância;ao contrário! O que guardo em minha mente hoje, se faz valer justamente pelo fato da mudança, talvez mudança não seja a palavra correta,mas pela reconstituição. A diferença é que hoje, analiso tudo sob uma perspectiva diferente, uma perspectiva muda, muda e cega. O que ocorre é...quando nos abrimos ás pessoas, quando damos a elas a oportunidade de ouví-las e analisar o que as mesmas fazem, passamos a pensar e agir como tais, se não taparmos nossos ouvidos e usarmos vendas para proteger-nos delas, não seremos mais nós. A convivência humana nos atribui muitas coisas, nos revitaliza, nos ensina...olhar e ouvir é necessário.Parace contraditória esta minha colocação visto que, acima,disse algo controverso a essa idéia, porém, não olhe, veja...analise sob a minha perspectiva,venha....Tudo o que lhe é dito deve passar por um processo, devemos selecionar o que se enquadra a nossa maneira de viver e descartar o que não nos é útil. Porém, não é o que acontece na maiorias dos casos;algumas pessoas se acham no direito de ditar regras e condenar quem não as segue,criticar as atitudes que ao seu modo,não convém...Cresça! Eles falam...mas não percebem que quem necessita de ensinamentos e lições são eles, quem precisa parar e analisar são essas pessoas que não vêem sob a perspectiva diferente...outra realidade, distinta, porém necessária a todos que buscam aprimorar o conhecimento humano, da alma e da mente. Não somos antropófagos,não queremos devorar uns aos outros...já tem gente demais nesse país que assim o faz, há violência de mais para que nosso corpo e espírito se entregue a essa fatalidade. Tudo o que peço, analise sob uma perspectiva diferente sempre que se encontrar em uma situação que necessite de tal, entregue-se a essa diferença e faça a diferença! Cresça no seu tempo, cada um tem o seu, mas nunca perca sua essência, a inocência que cada um tem, escondido em algum lugar dentro do peito. Hoje em dia, não julgo a ninguém,não tento mais me encontrar em nenhum lugar, sei quem sou e me orgulho disso, com todos os defeitos que alguém pode possuir com todas as feridas que a vida e as pessoas me proporcionaram, porém reconheço e sei, que muito já fiz a elas e muitas lágrimas já foram demarradas pelas mesmas no chão em que agora piso, mas sei quem sou..e não me canso de repetir e encantar-me com essa descoberta.Toda vez que tentamos ser quem queremos ou quem os outros querem que sejamos,esquecemos de quem na verdade somos.-Minha descoberta de todos os dias!!!!