sexta-feira, 20 de março de 2009

Duelos no serpentenário: o início

A verdade é:não consigo mais escrever. Simplesmente o que mais amo na vida está se tornando cada vez mais escasso em minha mente: as palavras.
Palavras essas que nao medem tempo, consequências e ações, elas vêm à mente quando bem entendem e resolvem sumir justo quando necessito tanto delas. Por isso, resolví fazer disso uma inspiração, resolví brincar com elas e com o poder da minha mente de ordenar minhas vontades, de não ordenar essas palavras. Destilarei meu veneno pelo meu próprio corpo, a ponto de entorpecer minha mente e permitir que essas palavras saiam... Que elas consigam transmitir tudo o que sinto agora, toda essa angústia com uma pitada de emoção e glória, toda essa mistura que me faz ser uma pessoa assim, cada vez mais indecisa sobre tudo nesse mundo, cada vez com
mais dúvidas sobre todos. Mas antes sentir dúvida sobre quem somos- a verdadeira convivência com nós mesmos faz com que isso mude, do que duvidar dos outros, é um campo minado sem precedentes. A minha sensibilidade parece por vezes se confudir e não saber para que lado olhar; medo, ansiedade, insegurança... Um verdadeiro duelo! Duelo no serpentenário, heis aqui o título, o ínicio... Duelo esse que nossas autoridades praticam todo dia, duelo que nosso corpo e mente por diversas vezes tentam conciliar, duelo que existe, de forma branda ou não. Heis aqui
o título de um dos meus livros prediletos, com uma outra interpretação pois ele se trata de duelos entre autores de séculos passados acerca das escolas literárias e tudo mais. Mas heis aqui a minha interpretação para o duelo que há no mundo, para o duelo que há em mim. Bem vindos!